Tag Archives: Dokumentarfilm

An Island

Einladung für eine Verastaltung, die ich in Leipzig in Zusammenarbeit mit Le Space organisiere. Details sind hier.

Convido as pessoas que passam por aqui para um evento que estou organizando. Trata-se da exibição do documentário experimental An Island sobre uma banda dinamarquesa chamada Efterklang. É bem legal como eles estão engajando o público para divulgar o filme, que foi feito de maneira independente. Segue o teaser para atiçar a curiosidade (o post continua abaixo):

An Island tem duração de 50 minutos e foi dirigido por um cara de quem sou fã, Vincent Moon. A exibição será na próxima quinta-feira, dia 24 de fevereiro, às 19h no Le Space (Lützner Straße 91 04177). Entrada franca, mas pelo limite de lugares, peço que confirmem presença antes – pode ser aqui mesmo, via comentários. Bebidas e petiscos são bem-vindos. Quem estiver em Leipzig, apareça!

Convite abaixo em alemão. Clique nele para aumentar.

Aos interessados: vai ter show da banda Efterklang no dia 11 de março em Leipzig. Eles tocarão também em outras cidades da Alemanha como Berlim, Dresden, Oberhausen, Bremen, Frankfurt, Dortmund, Hamburg e Rostock. 😉

Documentário sobre Sibylle Bergemann

Em novembro do ano passado fiz um post comentando a morte de uma das fotógrafas alemãs mais importantes do pós-guerra: Sibylle Bergemann (post AQUI).

O documentário de Sabine Michel sobre a vida e obra da artista, “Mein Leben – Die Fotografin Sibylle Bergemann“, foi lançado em um cinema de Berlim logo após a morte da fotógrafa e há alguns dias foi exibido no canal de TV franco-alemão ARTE. O filme também está online (link AQUI).

Aos que moram na Alemanha ou França e preferem ver o documentário de maneira convencional, haverá reprise nos dias 22 e 31 de janeiro (22.01 às 6h45 e 31.01 às 10h05).

Lembrando que o filme está disponível em alemão e francês. Para quem entende um desses idiomas, é uma ótima oportunidade de conhecer o trabalho e a vida de Sibylle.

Berlin-Stettin

English version below.

“O documentarista Volker Koepp construiu uma carreira na Alemanha Oriental comunista, documentando os muitos operários de fábricas no país. Agora que a Alemanha celebra duas décadas de sua reunificação, o seu novo filme mostra como esses trabalhadores se adaptaram à vida no capitalismo.”

Esse é um fragmento de uma reportagem no site Spiegel Online (em inglês). Lá também se pode encontrar uma galeria de fotos relacionadas ao filme chamada “Uma Viagem de volta ao Leste da Alemanha“.

O trailer lá embaixo está somente em alemão, mas vale a pena assisti-lo mesmo se você não domina o idioma.

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“Documentary filmmaker Volker Koepp made a career in communist East Germany out of documenting the lot of factory workers in the country. Now, with Germany celebrating two decades since reunification, his new film shows how those workers have adapted to life in capitalism.”

This is a fragment of a report in Spiegel Online. There you’ll also find a nice  photo gallery called “A Trip Back to Germany’s East“.

The trailer below is only in German, but it’s worth watching it, even if you don’t speak the language.

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Eu quero ver esse filme!

I want to watch this movie!

As soon as I can watch Comrade Couture – Ein Traum in Erdbeerfolie (do’nt know how, don’t know where, don’t know when), I’ll write my opinion here. The trailer makes you curious, doesn’t it? In German with English subtitles.

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Assim que conseguir ver Comrade Couture – Ein Traum in Erdbeerfolie (não sei como, não sei onde, não sei quando), escrevo uma opinião aqui. Vai dizer que o trailer aí embaixo não te deixa morrendo de curiosidade? Legendas em inglês.

Artistas e o registro de uma época

Registros de uma época em "Behauptung des Raums". Foto: divulgação

Há uma semana, assisti a um documentário interessante que me mostrou uma face da contracultura na RDA, ainda desconhecida pra mim. Behauptung des Raums do diretor Claus Löser (co-direção de Jakobine Motz), mostra jovens artistas que queriam produzir sua arte de maneira independente dentro da ditadura socialista da Alemanha Oriental.

Até aí, nada de muito novo. Porém, o forte do filme é a compilação de um rico material de arquivo que nos transporta à atmosfera de inquietude artística em plena RDA. Com a potência trazida por registros subjetivos, o filme é antes de tudo, um documento de uma época.

O próprio título já mostra em que caminho vai o filme. A tradução seria algo como “afirmação do espaço”. A mensagem central fica clara até mesmo para alguém como eu ou você, estrangeiros se aventurando pela História alheia: artistas criam espaços (físicos e ideológicos) para expor sua arte. Cavam um lugar que lhes é de direito. Apesar das dificuldades. E até usam as proibições  do Estado como mola propulsora para suas criações.

Costurado com depoimentos atuais e imagens em super-8 ou VHS coletadas na RDA, o documentário nos mostra como vários artistas de Berlim Oriental, Leipzig e Karlmaxstadt (hoje Chemnitz) se reuniram, produziram sua arte e se posicionaram contra o establishment. Havia sempre alguém registrando as exposições, performances e discursos, sem saber que isso no futuro renderia uma reflexão sobre aquele país que já não mais existe.

Artistas da RDA a pleno vapor. Foto: divulgação

Logo de cara, me chamou a atenção que os personagens fossem praticamente só homens. Tá, teve uma mulher que relatou a sua experiência, mas convenhamos que 10 minutos em um filme que dura 80, não é lá uma grande representação.

Por sorte, fui a uma sessão com a presença dos realizadores e após o filme, houve um pequeno debate. O diretor justificou a pouca presença feminina dizendo que muitas artistas da época não documentaram suas ações em foto ou vídeo. Além do que, ele já tinha contato com os artistas que aparecem no filme e colocar mulheres que não tivessem a ver com esse movimento só para ter mais representação feminina, não lhe pareceu uma boa ideia.

Saí do debate bastante irritada porque a moça que deveria ser mediadora entre diretores e público, quis ser provocadora (nada contra) e começou a questionar de maneira bem arrogante, que tipo de informação concreta o filme deixaria para as futuras gerações que não vivenciaram a RDA. Resposta do diretor: o objetivo do filme não é ser didático. Se alguém precisar de informações históricas, vai encontrar vasto material específico sobre essa época em diversas outras fontes.

Concordo com isso. A maneira espontânea com que os materias de arquivo foram gravados não é informativa, mas provoca emoções em quem assiste e transporta a plateia intuitivamente para aquela época. Independente se o espectador é PhD em História da Alemanha Oriental ou se não sabe nada sobre o assunto. Filmes também são feitos para suscitar emoções e não apenas para informar.

Apesar de o tema ser interessante, confesso que ao invés de 80, o documentário poderia ter apenas uns 60 minutos. Teria dado o recado sem cansar. Mas isso não chega a comprometer a minha avaliação final. Gostei muito de ter viajado no tempo com a  História sendo contada e documentada por quem a viveu.

Infelizmente ainda não há um trailer online.